José Carlos Amaral

sábado, 28 de agosto de 2010

Hidrelétrica: Câmara questiona Foz do Brasil

Representantes da concessionária estiveram no Legislativo municipal para mostrar aos vereadores os detalhes da obra e os motivos pelos quais a empresa acredita ser necessário realizá-la




A construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) na Ilha da Luz, obra iniciada há poucas semanas pela Foz do Brasil, tem sido motivo de muitos questionamentos realizados pelos vereadores durante as sessões da Câmara Municipal. Por isso o diretor Márcio Tanajura e outros representantes da concessionária estiveram no Legislativo municipal, no último dia 03 de agosto, para mostrar aos vereadores os detalhes da obra e os motivos pelos quais a empresa acredita ser necessário realizá-la.

Segundo o presidente da Câmara David Lóss (PDT), a obra só se justifica se vier a proporcionar algum benefício ao povo de Cachoeiro. “Junto com os impactos ambientais, esta é nossa principal preocupação”, afirmou o Presidente. Já o vereador José Carlos Amaral (PFL) fez um alerta: “Estes esclarecimentos deveriam ter sido prestados antes do início da obra, ainda na fase de aprovação do projeto. Os vereadores representam o povo e precisam ser informados antecipadamente, até para que possamos dizer aos cidadãos o que está acontecendo”.

De acordo com o funcionário da Foz do Brasil, Pablo Andreão, a hidréletrica possui uma capacidade de produção de 2,8 megawatts, o que irá reduzir o custo da concessionária e gerar 180 empregos diretos. O planejamento e aprovação do empreendimento duraram cerca de sete anos, incluindo todas as instâncias legais necessárias, inclusive as ambientais - Iema, Idaf, Conrema e Aneel, entre outras. Ele garantiu que a empresa tem se preocupado em não incomodar muito a população do entorno e, ainda, que 25 mil árvores serão plantadas em três anos, para compensar o corte de 30 árvores, necessário para a realização da obra.

Andreão disse ainda que a Foz do Brasil possui somente as licenças para instalação da hidrelétrica, e que a licença de operação somente será concedida posteriormente, se todos as exigências forem cumpridas durante a construção. Mas, apesar das informações prestadas pela concessionária, alguns vereadores se mostraram céticos em relação aos benefícios da obra. Para Júlio Ferrari, ainda que a PCH tenha sido aprovada, não está claro se a Foz do Brasil irá lucrar com a geração de energia e se haverá redução ou aumento da tarifa para os usuários. “Mas acho mesmo é que daqui a alguns anos a população do município irá chorar a construção desta hidrelétrica”, concluiu.

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