José Carlos Amaral

terça-feira, 11 de maio de 2010

Hifa quer abertura do Hospital do Aquidaban


A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Cachoeiro que investiga possíveis irregularidades na obra do Hospital Materno-infantil ouviu na tarde desta sexta-feira (26) o depoimento de Jailton Pedroso, superintendente do Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA). Compareceram à reunião o presidente da CEI vereador José Carlos Amaral (DEM) e os membros Alexandre Bastos (PSB), Júlio Ferrari (PV) e Professor Léo (PT).

Jailton compareceu à reunião atendendo a um convite dos membros da CEI, e não a uma convocação. Segundo ele, a diretoria do HIFA quis defender a necessidade de uma rápida solução para o caso do Hospital do Aquidaban, pois isso traria grandes ganhos para a assistência à saúde das crianças em Cachoeiro.

Na verdade, vimos aqui fazer um clamor a todos que possam agir em favor da abertura do Hospital Materno-infantil no Aquidaban. É um absurdo que tenhamos toda aquela estrutura ali, à disposição, enquanto vivemos tantas dificuldades e limitações no atendimento às crianças e, em especial, às mães”, disse Jailton.

O superintendente garantiu que o novo prédio está em plenas condições de funcionamento, segundo laudo emitido pela Vigilância Sanitária Estadual, que menciona apenas restrições relativas a um ângulo de acesso a uma das rampas existentes no local e à climatização. “Nada que não possa ser resolvido rapidamente”, disse, acrescentando que seriam necessários recursos de aproximadamente R$ 800 mil a R$ 1 milhão para a solução desses problemas e reabertura do hospital.

Jailton afirmou também que a gestão atual do HIFA está preparada para ocupar o local e montar uma estrutura de hospital materno-infantil. “Nós temos um projeto de estruturação do novo prédio, com 136 leitos, o dobro do que já atendemos. Por isso, sabemos que com o mesmo valor que investimos hoje, ou seja, mais R$ 600 mil, podemos colocar o hospital para funcionar. E o governo já declarou sua disposição de colaborar. Além disso, cem por cento dos equipamentos atuais do hospital poderiam ser transferidos para o novo hospital, já que são novos e de última geração”, garantiu, acrescentando: “Quem diz que o hospital precisa de R$ 2 milhões para funcionar, é porque não conhece o assunto ou quer enganar alguém”.

Jailton destacou que a inauguração do novo hospital iria ainda possibilitar a renovação dos serviços no prédio atual, para o qual há um projeto de transformação em escola politécnica de saúde, com apoio do Governo do Estado, e planos para a a ampliação da rede ambulatorial. Muitos benefícios, que, segundo ele, ainda não estão em prática por razões claras. “Não tem dúvida de que a questão é política. Há recurso para abrir o hospital e há condições de funcionamento”, disse. Segundo ele, Cachoeiro é hoje a região de maior mortalidade infantil no estado. “É uma vergonha. Esse dado pode ser reduzido com duas ações: um pré-natal bem-feito e UTI para atender às crianças. E poderemos sanar esses dois pontos com o novo hospital”, finalizou.

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